Impacto positivo socioambiental é gerar ações benéficas para o planeta, investindo em ações regenerativas e que de fato, contribuam para condições mais justas, tanto para natureza quanto para meio ambiente. Descubra a diferença em relação à mitigar impacto nesse post!
Tudo que você precisa saber sobre negócios de impacto
Para começarmos a falar sobre negócios de impacto, podemos recorrer a uma frase conhecida de Peter Diamandis, fundador da Singularity University e um dos maiores investidores e empreendedores do mundo: “Para ganhar um bilhão de dólares, encontre a solução para o problema de um bilhão de pessoas!”.
Esse é o princípio básico do chamado negócio de impacto, uma nova forma de encarar o mundo corporativo, as obrigações sociais e a própria sustentabilidade do planeta.
Segundo Daniela Klaiman, uma das principais referências em futurologia no país, as empresas e indústrias terão que migrar para esse modelo a médio prazo, por se tratar de um formato mais inovador, tecnológico e sustentável.
Nesse sentido, a inovação tem um papel chave no modelo dos negócios de impacto, porque para ter efeito, essa solução precisa acontecer em grande escala, para que haja também uma redução de custos. E isso só é possível através do uso da tecnologia!
Um outro conceito que pode auxiliar o entendimento dos negócios de impacto é a lei de Moore, conceito que transformou a revolução digital.
Gordon Earl Moore, co-fundador da multinacional de tecnologia Intel, fez uma previsão, já em 1965, de que ao passo que o poder da tecnologia dobra, o custo cai pela metade, inaugurando o que conhecemos atualmente por tecnologia exponencial.
Com esse novo conceito, novas possibilidades para o mercado surgiram, como a democratização de soluções e resoluções de problemas do ser humano e do mundo.
Outros fatores têm acelerado bastante os investimentos e crescimento dos negócios de impacto e a adoção das práticas ESG, que dizem respeito à critérios ambientais, sociais e de governança corporativa nas empresas e nos conselhos consultivos e de administração:
- A convergência entre tecnologias e o mundo de impacto;
- O sentimento de urgência com relação aos desafios globais;
- Mais incentivos econômicos;
- A crescente influência das novas gerações como consumidores, trabalhadores e investidores mais conscientes;
- As possibilidades oferecidas pelas tecnologias emergentes;
- A legislação, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, por exemplo, e o compliance instalado pelas empresas;
Com esses fatores é que além dos negócios de impacto, surge um outro formato de empresas: as impact techs!
Qual a conexão entre impact techs e ESG?
As impact techs são, basicamente, startups que foram criadas e se consolidaram para promover a sustentabilidade e impacto positivo.
O core business das impact techs seria então solucionar desafios ambientais, sociais e éticos que afligem a humanidade, como o reaproveitamento de água, por exemplo, alimentação nutritiva e de qualidade, energias limpas e renováveis.
Um desses desafios é o próprio gerenciamento de resíduos sólidos. Com o crescimento da população e maior geração de resíduos, se torna cada vez mais necessário conscientizar os cidadãos sobre a destinação ambientalmente correta.
Desse modo, é que startups como a eureciclo nasceram. No caso da eureciclo, a missão estabelecida desde o início foi a de aumentar as taxas de reciclagem no Brasil.
O CEO, Thiago Pinto, trouxe então o conceito de compensação ambiental, amplamente difundido na Europa para a América Latina, e a partir disso, o modelo de certificado de reciclagem se estruturou para garantir a comprovação das metas de logística reversa pelas empresas.
Esse exemplo ilustra a utilização da tecnologia para gerar impacto positivo e conceder escala à resolução de desafios, como os que citamos anteriormente.
Uma das tecnologias disponíveis e apropriadas na operação da eureciclo é o blockchain. O sistema trata-se de um mecanismo inviolável e visível para todos os membros da rede, evitando assim, que as informações sofram alterações e sejam alvos de fraudes.
Com o blockchain, é que a eureciclo, atesta maior segurança jurídica no processo de transação de notas fiscais.
Assim cita o CEO da eureciclo, Thiago Pinto, na matéria da Folha de São Paulo: “Cada tonelada de resíduos que conseguimos certificar origem e destino, a gente transforma num ativo digital e vende para empresas. Isso é que o ficou chamado de créditos de reciclagem, em analogia ao mercado de créditos de carbono”.
Com esse contexto, é possível perceber a relação das impact techs com o termo ESG. A expressão que está no radar de investidores, conselhos e crescendo no apelo com os consumidores, possui intrínseca conexão com a implementação da sustentabilidade e com uma maior maturidade na aplicação de ações que beneficiem a sociedade e o meio ambiente.
Para as empresas que não necessariamente foram estabelecidas na era ESG e com maior conhecimento em sustentabilidade, a boa notícia é que é possível iniciar essa jornada de transformação!
Mitigar impacto ambiental, o que significa?
Antes mesmo de falarmos sobre mitigação, precisamos falar sobre impacto ambiental.
O impacto ambiental consiste na alteração das condições características de um ecossistema ou dos elementos presentes neste meio, decorrente das atividades humanas.
Assim, mitigar impacto ambiental corresponde a intervir nesse ecossistema para reduzir ou sanar os impactos nocivos causados pela atividade humana. Os impactos nocivos variam desde a contaminação de solos devido à destinação inadequada dos resíduos, como citamos aqui, até a poluição de rios e lagos.
A mitigação significa então não apenas reverter ou minimizar situações de risco para o meio ambiente, mas também protegê-lo. A intervenção que pode ser realizada em áreas de maior vulnerabilidade diz respeito à ações como:
- Controlar a extração e a ocupação inadequada de territórios;
- Desenvolver Programas de Educação Ambiental;
- Elaborar e executar planos de recuperação de áreas degradadas e de supressão de vegetação
- Separar corretamente os resíduos recicláveis dos orgânicos, destinando-os para a reciclagem;
- Monitorar e controlar as emissões atmosféricas, para reduzir a poluição ambiental.
Apostar na mitigação é uma das formas de evitar maiores danos ao planeta, que é impactado diretamente pela ação humana. Contudo, há um outro posicionamento mais ambicioso que a sua empresa pode aderir: o de gerar benefícios diretos para o meio ambiente e para as pessoas, substituindo mitigar impacto para impacto positivo.
Para concluir, o que significa gerar impacto ambiental positivo?
Para futuristas e especialistas em tendências de consumo, como Daniela Klaiman, somente mitigar o impacto ambiental que a sua empresa causa já não é mais o suficiente.
Diante do cenário ESG, a reflexão que a especialista sugere é de alterarmos o próprio mindset, o modo de pensar enquanto profissionais e empresas.
Um desses mindsets propostos por Daniela Klaiman diz respeito a gerar impacto positivo, ou seja, não apenas prevenir e sanar os danos provenientes da ação humana, mas também investir em ações benéficas para o planeta.
Gerar impacto positivo demanda mais esforço, contudo segundo ela, é certamente mais duradouro e sustentável.
Para isso, é necessário que haja a mensuração de impacto e que as métricas da empresa estejam alinhadas aos parâmetros difundidos no mercado, como é o caso do ESG.
A tecnologia e a inovação são grandes aliados para acompanhar a evolução do impacto positivo gerado, garantindo a conferência de dados em tempo real e maior transparência no processo.
Alguns exemplos de impacto positivo que a sua empresa pode gerar são:
- Investir e apoiar projetos de educação ambiental no ensino público;
- Desenvolver iniciativas para utilizar matérias-primas de fontes renováveis e orgânicas e para incentivar a economia local;
- Destinar recursos à cadeia de reciclagem, com a possibilidade de compensar ambientalmente 200% das embalagens comercializadas pela sua empresa;
- Realizar mutirões de limpeza em locais externos à sede da empresa e incentivar os colaboradores a integrarem esse movimento, e muitos outros!
Além da preocupação ambiental, é preciso lembrar que os benefícios não devem se estender apenas ao meio ambiente, mas também à comunidade, às pessoas que estão no entorno dos locais em que o projeto de impacto positivo ou mitigação de riscos está sendo implementado.
Quando falamos em ESG devemos compreender que a palavra ecossistema ganha ainda mais destaque, já que a soma entre os fatores social, ambiental e de governança corporativa exige ações integradas.
Se a sua empresa quer ir além de mitigar os impactos ambientais, ela pode aderir ao movimento ESG e iniciar a jornada sustentável, convidando consumidores, fornecedores, clientes e investidores a gerarem impacto positivo em conjunto!
Junte-se à eureciclo e à Daniela Klaiman, inscrevendo-se no conteúdo que preparamos para você e sua empresa se aprofundarem quanto ao tema ESG e Sustentabilidade.
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