06 mudanças de mindset para sua empresa rumo a uma jornada mais sustentável + bônus

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As empresas precisam estar à frente da mudança de mindset para dominar temas como ESG e o desenvolvimento sustentável. Saiba como sua empresa pode ser protagonista e parte desse movimento com esse post!

Sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, consumo consciente e especialmente, o ESG, são as palavras-chaves do momento. 

O termo ESG, que significa environmental, social and governance corporative, traduzido para aspecto ambiental, social e de governança corporativa, tem dominado discussões de investimentos e empresariais.

Esse assunto que parece novo, contudo, já vem sendo discutido desde 2004. O conceito citado pela primeira vez por Kofi Annan, secretário-geral da ONU, serviu ao objetivo de provocar e impulsionar CEOs e grandes líderes de empresas a olharem para a pauta do desenvolvimento sustentável.

Um outro marco importante, mais recente, foi a carta escrita em 2021 pelo CEO da BlackRock, maior empresa de gestão de ativos do mundo. No documento, divulgado no próprio site da marca, Larry Fink destaca os temas prioritários para a criação de valor de forma duradoura: gestão de capital, estratégias de longo prazo, propósito e mudanças climáticas.

Na carta, Larry Fink deixa claro que o compromisso com as mudanças climáticas é vital para a própria prosperidade e sobrevivência das empresas:

“Tendo em vista que a transição energética será um tema central para as perspectivas de crescimento de todas as empresas, estamos pedindo que elas divulguem um plano de como o seu modelo de negócios será compatível com uma economia neutra em carbono, ou seja, na qual o aquecimento global fique limitado bem abaixo de 2 °C, de acordo com as aspirações globais de zero emissões de gases do efeito estufa até 2050.”

Além do aquecimento global, as empresas têm a oportunidade de assumir outros compromissos para aderirem à pauta ESG. Por isso, convidamos a futurista, especialista no comportamento do consumidor e um dos principais nomes da futurologia do Brasil, Daniela Klaiman, para partilhar 06 dicas sobre mudança mindset necessária rumo a uma jornada mais sustentável. Vamos lá?

Mudança de mindset #1: Participe do movimento que abraça o propósito e a transformação

Daniela Klaiman cita que é importante expandir o que convencionalmente chamamos de propósito para o conceito de Massive Transformative Purpose (MTP) ou Propósito Massivo Transformador. 

Segundo a futurologista, o passo a passo é comunicar para a sociedade a razão da sua empresa existir, deixar claro o que ela traz de bom para a comunidade que a cerca e o que a sua empresa traz de bom, qual é a contribuição para mudar a vida das pessoas.

A partir desse conceito, sua empresa será vista como uma aliada da sociedade e do planeta. Outro benefício é o de alinhar os funcionários da empresa em um objetivo único, servindo como uma bússola, um guia para nortear as ações de cada colaborador.

Como o trabalho é uma esfera fundamental da vida das pessoas, o conhecimento em ESG pode auxiliar essa orientação aos colaboradores. Essa afirmação é comprovada pela pesquisa realizada pela consultoria McKinsey em 2020, em que 70% dentre 1.021 entrevistados dizem definir seu propósito pessoal por meio do trabalho. 

Mudança de mindset #2: Mude o foco de shareholder para os stakeholders

Shareholder pode ser traduzido como “acionistas”, e ter o foco  apenas nesse público significa servir exclusivamente aos interesses deles. O que Daniela Klaiman e outros especialistas chamam atenção é para mudar esse enfoque, assumindo então uma visão mais ampla e inclusiva.

Essa segunda mudança de mindset seria a do foco nos stakeholders, ou seja, em todos os públicos que a empresa afeta. Estes seriam os colaboradores, consumidores, fornecedores, comunidade, mídia, poder público, o meio ambiente, os próprios acionistas, entre tantos outros pontos de contato. 

Com esse viés, sua empresa passará a não atender apenas às necessidades dos acionistas ou investidores, mas passará a considerar os interesses de todos os envolvidos, que serão impactados por cada decisão e estratégia empresarial.

Mudança de mindset #3: Substitua o gerar lucro por gerar valor

O anseio por gerar lucro, na visão de Daniela Klaiman, já não é mais suficiente. É necessário então, que a sua empresa possa compartilhar qual valor ela está gerando através de seus produtos ou serviços.

A receita e o lucro surgem após essa criação de valor, como uma consequência e não como a exclusiva prioridade do negócio. 

Essa mudança de mindset presume também que a empresa adote valores inspirados no ESG, considerando o coletivo em seu posicionamento, por exemplo, e utilizando a tecnologia em prol de causas que beneficiem o próprio planeta e a sociedade.

De acordo com a consultoria Willis Towers Watson, inclusive, 65% das empresas planejam relacionar a remuneração de seus executivos à agenda ESG em 2021, atestando que gerar valor deve ser encarado como uma prioridade.

Mudança de mindset #4: Planeje a curto prazo, mas também a médio e longo prazo

Caso a empresa esteja focada apenas no presente e em um planejamento de curto prazo, o próprio conceito de sustentabilidade pode ser esquecido.

A sustentabilidade ou o desenvolvimento sustentável dizem respeito à conservação e tomar ações que mantenham as condições necessárias para a insurgência das gerações futuras. Por isso, o planejar apenas a curto prazo não supre essa visão.  

Já um planejamento a médio prazo, de 3 a 10 anos, inclui ações que requerem um acompanhamento, métricas que visam um objetivo maior. Se sua empresa conhecer agora a Agenda 2030, que distribui 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, por exemplo, ela poderá definir os objetivos prioritários e a terá uma bússola que citamos anteriormente.

Em relação ao planejamento a longo prazo, a empresa estará assegurando que a sustentabilidade seja cumprida, e as gerações futuras possam acompanhar a própria evolução do negócio. Quando Larry Fink cita em sua carta que está comprometido em apoiar a meta “zero líquido”, ou seja, zerar as emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2050 ou antes, isso é o que chamamos de um planejamento a longo prazo.

Mudança de mindset #5: Conceba o conceito de impacto positivo e regeneração

A quinta mudança de mindset seria a de compreender a diferença entre impacto positivo de mitigar impacto.

Mitigar impacto seria evitar ou prevenir o que causa impacto em curto ou longo prazo. Em contraposição, causar impacto positivo significa promover benefícios ao planeta, à sociedade e dar condições para que a empresa se perpetue.

Assim, podemos relacionar o conceito de impacto positivo com o de regeneração, que diz respeito à renovação contínua da natureza. O conceito fica mais simples de entender quando citamos pensamentos partilhados como o do líder indígena e ambientalista Ailton Krenak, que de não existe fora da Terra, só existe dentro.

Daniela Klaiman cita que é necessário positivar tudo que já foi destruído. Trata-se de um esforço maior, mas certamente com maior durabilidade e alinhado aos 3 aspectos do ESG: ambiental, social e de governança corporativa. 

Mudança de mindset #6: Compreenda que a empresa faz parte de um ecossistema

Neste panorama ESG, para a futurologista não devemos citar exclusivamente a empresa como protagonista, mas como parte de um ecossistema.

Quando se faz parte deste ecossistema, cada stakeholder tem seu papel definido, sua devida importância. Para a cadeia de valor operar, todos os elos devem estar em sinergia, comprometidos com o mesmo propósito.

ESG, impacto positivo e as demais mudanças de mindset compartilhadas são construídas no coletivo, compreendendo o conceito de colaboração, para que o sistema todo funcione em equilíbrio.

BÔNUS PARA VOCÊ! Para conseguir levar essa lista de 06 mudanças de mindset “para casa”, montamos um infográfico resumido que você pode salvar para consultar sempre que quiser, e ainda compartilhar com seu time, que tal? Aproveite!

Conclusão

Sustentabilidade e ESG são conceitos que se entrelaçam cada vez mais.

Não basta concretizar ações individuais. É necessário que os esforços dos diferentes atores, ou stakeholders, estejam centrados em um mesmo propósito transformador massivo, que impulsiona as mudanças em prol de um planeta regenerado e de uma sociedade mais justa.

Para superar problemáticas como as mudanças climáticas e o aquecimento global, as empresas precisam levar em consideração o planejamento em todas as fases: curto, médio e longo prazo. A tecnologia nesse sentido surge como uma grande aliada.

Empresas como a eureciclo, consideradas startups de impacto, utilizam a tecnologia para promover escala, reduzir custos e obter dados seguros em tempo real.

O futuro com base nas métricas ESG será alcançado com ações em conjunto, solucionando questões como: a destinação ambientalmente correta das embalagens pós-consumo, transparência na comunicação com os consumidores, inclusão e diversidade no ambiente de trabalho, entre outros.

Como diria Johan Rockström, professor sueco e diretor adjunto do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático, na citação do livro “Economia Donut”, de Kate Raworth: “Somos a primeira geração a saber que estamos minando a capacidade do sistema terrestre de sustentar o desenvolvimento humano. Esta é uma percepção nova e profunda, e é potencialmente muito, muito assustadora…É também um enorme privilégio, porque isso significa que somos a primeira geração a saber que agora precisamos conduzir uma transformação para navegar rumo a um futuro globalmente sustentável.”

Confira mais sobre o Futuro dos Negócios e ESG com a Masterclass coordenada por Daniela Klaiman, que também é apresentadora do programa Novo Normal da Rede Globo – TV TEM, colunista da UOL em seu blog O Mundo Mudou, organizadora e curadora do TEDxMauá, fundadora, CEO e Presidente do Conselho da Glimpsy – a primeira plataforma social em realidade aumentada do mundo.

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