Sistema de logística reversa é uma formação estruturada de empresas sujeitas à Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Organizada por uma governança validada pelos órgãos reguladores ambientais com o objetivo de cumprir com a destinação correta dos resíduos.
As empresas que fabricam ou comercializam algum tipo de resíduo devem cumprir com a logística reversa.
Em outras palavras, cumprir com a logística reversa significa garantir a gestão de resíduos após o fim do ciclo de vida dos produtos.
Desse modo, a logística reversa é ainda uma solução para evitar a poluição, em suas diversas formas.
Prolongar o ciclo de vida dos produtos é cuidar do planeta! Saiba do que trata e como funciona a logística reversa a seguir.
O que trata a logística reversa
Primeiramente, é preciso entender que a logística reversa é regulada pela legislação ambiental brasileira!
Ela é um dos diversos mecanismo utilizados na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Esta, Lei n° 12.305 de 2010, trata da gestão dos resíduos no país.
O poder público, por meio da lei, diz que a logística reversa é um dos instrumentos eficazes para garantir que os resíduos tenham destinação final correta.
Portanto, as empresas devem receber novamente as embalagens dos produtos, mesmo os produtos já estando em circulação, e contribuírem com a destinação correta.
Sendo assim, A PNRS, fala que a logística reversa é responsabilidade compartilhada de fabricantes, comerciantes, importadores, distribuidores, cidadãos e titulares de serviços de limpeza e manejo dos resíduos sólidos urbanos.
Quer saber mais sobre como a sua empresa pode estar regular perante a PNRS? Baixe agora o Guia Legal da Logística Reversa de Embalagens AQUI.
Agora, continue lendo e descubra quais são os tipos de logística reversa!
Os tipos de logística reversa
Agora que vimos os tipos de logística reversa, veja aqui quais são os Sistemas de Logística Reversa que existem no Brasil. Esses dados são do SINIR, que é o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos.
Da uma olhada aqui embaixo que explico todos os sistemas em detalhes:
Logística Reversa Pós-Consumo
Feita mediante o retorno de produtos e/ou embalagens vendidos pelas empresas ao ciclo produtivo. É assim que acontece a logística reversa pós-consumo.
Uma das formas de resgatar essas embalagens é através de Pontos de Entrega Voluntária, por exemplo.
Nesse caso, os consumidores têm a possibilidade de descartar os resíduos pós-consumo em locais mais próximos.
Posteriormente, as próprias empresas podem resgatar as embalagens dos produtos, porém devido às dimensões do país e o deslocamento necessário, isso nem sempre é viável.
Outra alternativa é a compensação ambiental de embalagens. Saiba o porquê esse modelo é adotado em diversos países no vídeo abaixo:
Logística Reversa Pós-Venda
Você já devolveu algum produto que não gostou ou que veio com algum defeito de fabricação?
Pois é, a empresa para cumprir com a logística reversa neste caso deve recolher o produto.
Em seguida, deve reutilizar, reaproveitar ou encaminhar para a reciclagem as peças desse item.
A partir do crescimento das vendas na internet, esse processo se tornou cada vez mais comum!
Reuso
Por fim, temos o reuso que trata da revenda direta dos resíduos, como exemplo: móveis, livros e eletrônicos em geral. Depois, esse bens são vendidos em leilões.
Desse modo, o que seria um resíduo descartado errado se torna em algo útil para outras pessoas.
Quais são os sistemas de logística reversa?
Agora que já vimos os tipos de logística reversa, saiba quais são os Sistemas de Logística Reversa que existem no Brasil.
Esses dados são do SINIR, que é o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos.
Da uma olhada aqui embaixo que explico todos os sistemas em detalhes:
Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens
O primeiro sistema é o de agrotóxicos, e nele o agricultor deve realizar a destinação correta de embalagens vazias e de sobras de agrotóxicos.
Além disso, deve seguir também com o que diz na bula. Esse documento vem junto com a compra do produto.
Os pontos de vendas precisam atender a alguns critérios também. Neste caso, as instalações devem ser adequadas para receber as embalagens após o uso.
Por fim, após o devido uso e processo de reciclagem, as embalagens podem se tornar resinas e assim voltar ao ciclo produtivo.
Bateria de chumbo ácido
No caso das baterias de chumbo ácido, o material deve ser descartado no mesmo local em que for realizada a troca ou reposição.
Ainda mais que o chumbo e as soluções ácidas causam danos ambientais graves se forem descartados de qualquer jeito. Portanto, é fundamental que as baterias sejam entregues nos pontos de coleta, como é o caso de oficinas que realizam a troca de baterias de carros.
Eletroeletrônicos
Atualmente, alguns supermercados, feiras e comércios recolhem os eletrodomésticos sem uso.
Em algumas cidades, a própria prefeitura ou empresas locais prestam esse serviço à comunidade.
Então, se for o seu caso, se informe sobre qual o local mais perto da sua casa e faça o descarte correto desses produtos.
Frequentemente, por possuir componentes valiosos, os eletroeletrônicos voltam para indústria nacional e depois ao ciclo de produção como novas matérias-primas.
Embalagens de aço
Você vai encontrar essas embalagens em muitos produtos diferentes, tais como:
- latas de molhos de tomate;
- latas de milho, ervilha;
- leite condensado e creme de leite;
- algumas bebidas;
- ração úmida para gatos e cachorros, entre outros.
Estes itens também podem ser destinados às cooperativas de catadores de materiais recicláveis, está bem?
Ademais, alguns pontos de entrega voluntária também recebem esse tipo de material, que em seguida, é entregue para as usinas siderúrgicas.
Embalagens em geral
Em relação às embalagens em geral, compostas de papel e papelão, plástico, metal e vidro, estão sujeitas ao Sistema de Logística Reversa após a assinatura do Acordo Setorial de 2015.
Sendo assim, as empresas devem cumprir com no mínimo 22% das embalagens vendidas no ano base anterior.
Contudo, as metas são progressivas e o objetivo a nível nacional é estimular a reciclagem dos diversos tipos de materiais.
Aqui na eureciclo, por exemplo, sentimos a necessidade de ir além dos 22% e criamos os selos de 100% e 200%.
Assim, as empresas neutralizam seu impacto e contribuem com o impacto positivo na cadeia de reciclagem.
Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens
As embalagens dos óleos lubrificantes se tornam também matéria-prima para a própria indústria de embalagens e para outras indústrias.
Todavia, o descarte deve ser feito em locais específicos da coleta deste material, como Pontos de Entrega Voluntária e oficinas.
Do mesmo modo, os comerciantes e distribuidores também devem cumprir com a logística reversa das embalagens.
Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio, mercúrio e de luz mista
Bem como os óleos lubrificantes, as lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista não devem ser descartadas no lixo comum.
Há pontos específicos para o descarte deste material, como em supermercados e estabelecimentos comerciais.
Medicamentos
O decreto nº 10.388, de 5 de junho de 2020 trouxe avanços para Logística Reversa de Medicamentos, envolvendo os medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, bem como suas embalagens.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os comerciantes devem incluir pontos de coleta para facilitar o descarte correto de medicamento por parte dos consumidores.
Pilhas e baterias
As pilhas e baterias também devem ser descartadas de modo correto e em pontos de entrega primários.
Alguns exemplos de pontos são: as papelarias e as lojas de materiais de construção.
Além disso, lojas e comércios de médio e grande porte podem oferecer coletores para receber as pilhas e baterias que já estão sem carga.
Desse modo, garantimos que esse material terá o destino final mais adequado.
Vale lembrar, que pilhas e baterias, se jogadas no meio de ambiente sem o devido cuidado, podem contaminar o solo e a água com materiais pesados.
Pneus sem uso
Para este fim, o sistema de logística reversa atua por meio de parcerias, com as prefeituras, por exemplo, para disponibilizar áreas de armazenamento temporário para os pneus inservíveis.
Sabia que os pneus e outros materiais de borracha levam cerca de 600 anos para se decompor?
O benefício da logística reversa se faz mais uma vez presente, inclusive, porque os pneus, assim como outros objetos, podem acumular água e se tornarem focos de mosquitos transmissores de doenças, como a dengue.
Latas de alumínios para bebidas
Por fim, temos as latas de alumínio.
Conforme a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio – Abralatas, que é a Entidade Gestora do Sistema, em 2020 foram reciclados cerca de 97,4% de todas as latas.
Sendo assim, isso só confirma quanto a cadeia de reciclagem do alumínio é ativa no Brasil.
O descarte correto das latas de alumínio pode ser realizado com a coleta seletiva ou em pontos de entrega voluntária (PEVs). Outra opção é entregar direto às cooperativas de reciclagem
Como aderir a um Sistema de Logística Reversa?
Estar seguro com a Política Nacional de Resíduos Sólidos é de suma importância para qualquer negócio.
Dessa forma, aderir a um sistema de logística reversa significa que sua empresa cumpre com a lei.
Mas não é só isso, esta é também uma prova que o seu negócio se preocupa com meio ambiente e saúde de todos.
Lembrando, que a empresa tem que cumprir com a logística reversa de no mínimo 22% de tudo que for vendido no ano base, ok?
Com o objetivo de representar o setor empresarial, as entidades gestoras são responsáveis por essa operação!
O que é e quem são as entidades gestoras?
Fica definido, que as entidades gestoras são “pessoas jurídicas, sem finalidade econômica, constituídas pelas empresas ou pelas associações de fabricantes e de importadores de produtos para a executar as ações relacionadas à estruturação, à implementação, à gestão e à operação do sistema de logística reversa”.
Por exemplo, quem representa grandes fabricantes de pneus novos é a Reciclanip no caso da logística reversa dos pneus sem uso.
Entidades gestoras são aquelas que representam os interesses das empresas que aderem ao sistema, tal como é o caso também das embalagens.
Outro exemplo, é o Instituto Rever, que criou o Sistema de Logística reversa de embalagens em geral, o Sistema.
Para aderir a um sistema de logística reversa, basta entrar em contato diretamente com as entidades gestoras ou com a associação que representa a sua empresa!
Outro caminho é aderir ao método de certificados de reciclagem que atua por meio da compensação ambiental.
Desse modo, sua empresa estará cumprindo com a logística reversa a um custo até 80% menor.
Por fim, como dito acima, é possível promover impacto positivo para a cadeia de reciclagem, com a compensação de até 200% das embalagens vendidas.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre os diversos Sistemas de Logística Reversa, leia também nossos outros artigos sobre o tema.
Caso tenha ficado com alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo que logo a gente te responde.
E lembre-se: cuidar do planeta e da cadeia de reciclagem é um dever de todos! Vamos juntos?
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