Economia sustentável: entenda o que é e como este conceito pode revolucionar sua empresa

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Veja como a economia sustentável permite uma reinvenção dos paradigmas corporativos ao ultrapassar a economia tradicional e garantir uma estratégia de negócio mais eficiente.

Dentre tantas vertentes econômicas, a economia sustentável ganhou destaque nos últimos anos. E não sem razão: com as grandes problemáticas ambientais e sociais em voga e a crescente conscientização da sociedade, o estudo econômico sofreu influência desse cenário.

Como consequência do desenvolvimento dessa nova linha de estudo, algumas empresas passaram a se pautar na sustentabilidade para garantir não apenas maior visibilidade da marca, como também para garantir o sucesso do empreendimento a longo prazo.

Marcas gigantes perceberam a própria responsabilidade diante do impacto gerado por suas embalagens, pela emissão de gás carbônico lançado na logística dos seus produtos ou ainda pelo alto consumo de recursos naturais.

O que é economia sustentável?

Economia sustentável é um conjunto de práticas e teorias econômicas que se baseiam no uso inteligente dos recursos naturais, de forma a satisfazer as necessidades atuais enquanto garante recursos para as futuras gerações.

Esse tipo de vertente econômica tem como base o desenvolvimento sustentável, que difere do crescimento econômico por não ter como principal indicador o PIB (Produto Interno Bruto), e sim a qualidade de vida em conjunto com a preservação ambiental.

Uma empresa que adere à economia sustentável, adere também às novas variáveis para análise do desempenho econômico do empreendimento como um todo, assim como do próprio produto.

Tais novas variáveis são relacionadas aos fatores ambientais, como o passivo ambiental causado por embalagens, a emissão de CO2, a contaminação do solo e outros.

A importância da economia sustentável

Importante ressaltar que a autoresponsabilização corporativa partiu, não apenas de uma iniciativa própria, mas, principalmente, dos esforços governamentais e da pressão externa dos consumidores.

Quando falamos dos esforços governamentais é preciso compreender que o objetivo maior era e continua sendo a diminuição dos gastos com as contas públicas. Dado que as externalidades causadas por impactos ambientais refletem em problemáticas ambientais que precisam ser resolvidas pelo Estado.

Então, quando a economia passa a levar em consideração variáveis ambientais, o custo para compensar as externalidades negativas são inseridos dentro do custo do produto.

Economia clássica vs Economia sustentável

A diferença entre a economia clássica e a economia sustentável está no fato que a primeira considera o Planeta como se ele tivesse recursos ilimitados, enquanto a segunda entende a finitude de recursos como algo a ser levado em consideração nos modelos econômicos.

Surge então a economia sustentável em um momento em que novos estudos acerca da relação do crescimento econômico e da limitação de recursos despontavam.

É o caso do estudo conduzido por Georgescu Roegen, um dos pais da economia sustentável. Roegen não via sentido no fato da economia clássica considerar um sistema econômico termodinamicamente aberto, ou seja, com possibilidade de recursos infinitos, sobre um sistema biológico termodinamicamente fechado, isto é, com recursos finitos.

Assim como ele, obras posteriores apontavam para a mesma direção, como é o caso de Limits to Growth (Limites do crescimento) e depois o famoso relatório Nosso futuro em comum.

Esse contexto foi uma revolução dentro dos paradigmas da economia ortodoxa.

Economia sustentável em prática

Ainda que a teoria da economia sustentável seja complexa, as formas de aplicá-la são simples. Basta levar em consideração a sustentabilidade, assim como a finitude de recursos e a valorização do seu produto através das estratégias abaixo:

Utilização inteligente dos recursos naturais

Uma das ações de maiores impactos para o meio ambiente e a economia é a utilização dos recursos naturais. Por serem finitos, sua utilização deve ser o mais assertiva possível evitando desperdícios nos processos.

Para realizar isso, a dica é seguir os 3 R’s da sustentabilidade (reduzir, reutilizar e reciclar ). Contando com ferramentas de apoio e suporte, como melhor gerenciamento da logística (transporte e estoque), e com espaço para a inovação dos processos.

A inovação é o que otimiza os processos e produtos atuais dando destaque e fazendo toda a diferença em uma marca.

Compensação Ambiental

Realizadas todas as otimizações possíveis no momento, garanta a compensação do impacto ambiental do que ainda não pode ser contido.

Esse é o caso, por exemplo, do impacto das embalagens geradas. Tanto pelo modelo e dinâmica do mercado atual, como pelo perfil de consumidores atuais, abandonar totalmente as embalagens no Brasil, é uma tarefa impossível.

Por esse motivo, apostar em alternativas que possam ser reutilizadas e/ou recicladas é uma ótima saída.

Entender que a compensação ambiental não é só plantar árvores e o impacto positivo que ela pode trazer para a sociedade e o ambiente, fará toda a diferença na atuação de uma corporação.

Conscientização dos seus consumidores

Apostar na conscientização dos seus consumidores é uma chance de gerar valor a sua marca, engajando os consumidores já conscientes ao mesmo tempo em que mostra o valor das suas ações para consumidores não tão conscientes assim.

Já não é mais segredo que os consumidores estão se importando cada vez mais com a sustentabilidade e priorizando empresas que desenvolvam essa consciência.

Fontes alternativas de energia

Outra fator que gera muito impacto ambiental é o consumo de energia por fontes não renováveis como o petróleo, gás natural ou carvão. O impacto consiste tanto na alta emissão de CO2, quanto na finitude desses recursos.

Atualmente, fontes limpas de energia, através da energia solar, eólica e geotérmica, foram barateadas por conta do avanço tecnológico.

A vantagem de apostar nessas alternativas é que uma matriz energética diversificada faz toda a diferença econômica e ambientalmente. Principalmente porque a corporação evitará depender de determinadas fontes de energia quando houver uma alta significativa no preço. E se tratando de fontes não renováveis, a maior certeza em relação a elas é que um dia irão se esgotar e até lá serão cada vez mais caras.

O futuro da economia é ser sustentável?

Sabemos que trazer variáveis tão subjetivas quanto as ambientais para análises e práticas econômicas é algo ainda difícil atualmente.

No entanto, dada a crescente necessidade de mitigar os impactos ambientais causados pelas indústrias, não restam dúvidas de que o modelo atual é obsoleto. Sem contar que há uma dificuldade latente em traduzir o impacto e a sua compensação e mitigação em uma variável que possa ser inserida nos modelos matemáticos.

Ainda assim, a sustentabilidade tem sido apontada como única forma de garantir a continuação das atividades humanas a longo prazo.

Mostrar que a sua empresa se importa com o futuro é um diferencial a ser explorado, por esse motivo deixamos abaixo um conteúdo para você se aprofundar ainda mais no assunto e continuar sua jornada sustentável.

Sustentabilidade como vantagem competitiva: inovação para sua empresa

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