Muito aconteceu em 2019 e não poderíamos deixar de abordar os avanços da logística reversa de embalagens. A verdade é que esse instrumento está cada vez mais popular e hoje em dia se tornou um conhecido de diversas empresas.
Ainda assim, muitas dúvidas nos chegam diariamente: “Sou responsável pelas embalagens dos produtos que comercializo?”, “Como nossa empresa pode implementar um projeto de logística reversa?”, “Será que é o momento de investirmos em uma solução de logística reversa?”.
Essa confusão é consequência de um cenário onde as diretrizes do setor privado não foram definidas de maneira clara. No entanto, a cada ano avançam as iniciativas e a fiscalização por parte do poder público.
Se atualizar sobre a temática é uma forma de evitar surpresas em 2020. Confira!
Aumento da fiscalização e autuação das empresas
Apesar da Política Nacional de Resíduos Sólidos ter sido lançada há quase 10 anos, seu desenvolvimento e implementação ocorreu de forma lenta. Isso inclui a implementação do seu principal instrumento: a logística reversa de embalagens.
Por conta desse processo vagaroso, muitas empresas deixaram a logística reversa de embalagens de lado aguardando o momento em que a fiscalização chegasse até elas. E chegou!
Em um processo de judicialização iniciado no Mato Grosso do Sul, alguns outros Estados passaram a debater seriamente o assunto e a sua responsabilidade perante o descarte ambientalmente correto de embalagens comercializadas. Já no Estado de São Paulo, em julho de 2019, a CETESB iniciou o processo de autuação para empresas que não apresentaram um projeto de logística reversa.
Esses são apenas os primeiros passos da articulação crescente e estruturação da logística reversa como instrumento essencial para uma gestão eficiente e circular dos resíduos no Brasil.
Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição na geração de resíduos e descarte inadequado no mundo. Esse ranking não é apenas negativo para o meio ambiente, como sempre apontamos aqui, é também negativo para a economia.
A má gestão de resíduos custa ao governo e lança mão da oportunidade de movimentar a economia por meio da reciclagem.
TCLR-SP consolida solução de logística reversa de embalagens
Em 2019, o Sistema do Termo de Compromisso de Logística Reversa firmado no Estado de São Paulo promoveu 5 concorrências de Certificados de Reciclagem responsáveis por garantir a proteção jurídica, referente a logística reversa de embalagens no Estado, de mais de 495 empresas.
Essa iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo em conjunto com a CIESP, CETESB, Secretaria do Meio Ambiente, Abrelpe, 17 sindicatos e associações, tem movimentado o tema e se colocado na vanguarda de uma solução sistêmica e prática que pode servir de modelo para todo o país.
Saiba mais: Assinado o Termo de Compromisso que vai transformar a reciclagem de embalagens
Novas tecnologias para um futuro mais sustentável!
Não apenas acordos foram firmados, como também novas tecnologias surgiram com o objetivo de desenvolver a cadeia de reciclagem auxiliando indiretamente na logística reversa de embalagens.
Exemplo desse processo são as iniciativas privadas com pontos de recolhimento de embalagens que podem ser trocadas por uma remuneração, ou ainda a utilização de blockchain para rastreamento dos resíduos por parte das empresas.
Diante da crescente fiscalização em 2020, será cada vez mais comum o engajamento de grandes e médias empresas para cumprirem com a sua responsabilidade a respeito das embalagens comercializadas.
No entanto, esse mesmo engajamento foi sentido de forma diferente em pequenas empresas, visto que nelas verificamos o maior número de iniciativas sustentáveis. Isso significa o aumento da competição, inclusive com grandes empresas, para que conquistem sua fatia de clientes engajados com a sustentabilidade.
A dica é realizar pesquisas de interesse do seu público alvo e garantir a implementação da sustentabilidade de maneira genuína, garantindo que estejam alinhadas com as necessidades do nicho em que você atua. Isso significa: nada de greenwashing!
Ano novo, logística reversa …
Nova? Não necessariamente. A ferramenta é a mesma e têm sido fomentada desde que a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi lançada. A diferença para esse ano que inicia é o cenário legislativo ir se tornando cada vez mais completo, com diretrizes, metas e prazos mais claros.
O que precisa ser novo é o posicionamento de consumidores, empresas e do próprio governo para que todas as nossas idealizações de um mundo mais sustentável saiam do papel.
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