O coletivo sustentável é parte fundamental na criação e manutenção de um mundo melhor. Nesse artigo trouxemos algumas importantes reflexões sobre o assunto.
O artigo de hoje foi tema da segunda e última parte do evento “O novo mundo: o poder de mudança do individual para o coletivo” que promovemos para celebrar e refletir a Semana do Meio Ambiente em 2020.
Se você não pode participar, vai adorar saber que disponibilizamos todas as conversas do segundo dia nesse link do youtube e do primeiro dia do evento neste link.
Nosso principal objetivo era entender quais ações e reflexões do ponto de vista individual e coletivo, diante de todo esse panorama atual, marcado pela pandemia e instabilidade econômica, poderiam ser exercitados para criarmos um mundo novo.
Para isso, contamos com a participação de convidados incríveis que elevaram o nível das discussões e trouxeram muita consciência sobre o ser sustentável na atualidade.
As ações coletivas podem diferir muito, tanto em escala como em execução, das ações individuais. As duas são fundamentais para conseguirmos gerar impacto e uma retroalimenta a outra.
No texto a seguir fiz uma breve reflexão sobre o papel do coletivo no desenvolvimento de um mundo melhor e trouxe algumas pistas de como podemos trazer isso para as nossas vidas.
Como as cidades podem se tornar mais sustentáveis e resilientes
Repensar as cidades para serem mais sustentáveis e resilientes é repensar o adensamento das atividades econômicas nas regiões centrais que levam toda periferia se deslocar para o centro e repensar também a maior desigualdade socioeconômica nas regiões periféricas, que são refletidas na falta de saneamento básico e em condições precárias.
Nessa temática, muito se fala sobre a necessidade de planejamento para o desenvolvimento urbano que contemple a sustentabilidade.
No entanto, ao abordarmos a reorganização urbana, percebemos que ela vai além do planejamento.
Para que ela saia do papel é necessário que a articulação entre a sociedade, o governo, as empresas e instituições não governamentais.
Articular os interesses e as divergências de todos esses atores não é uma tarefa fácil. E o caminho se inicia no engajamento individual e pode movimentar todo um movimento coletivo em prol de cidades mais sustentáveis e resilientes.
A Cecília Herzog, paisagista urbana e professora, trouxe uma visão única sobre o tema em nosso evento da Semana do Meio Ambiente 2020. Você pode conferir aqui.
Economia circular: um modelo de transição emergente
A economia circular é um modelo que tem sido cada vez mais promovido nas discussões de sustentabilidade.
Basicamente, na economia circular não há perda de recursos. Tudo é reaproveitado, seja no ciclo técnico (que utiliza recursos não renováveis) como no ciclo biológico (abrange recursos renováveis).
Na discussão de um coletivo em prol de um mundo mais sustentável, a economia circular surge como uma alternativa ao modelo econômico atual baseado exclusivamente no crescimento.
O crescimento da economia, baseada no consumo sem soluções sistêmicas que resolvam as problemáticas que dele pode surgir, é algo insustentável a longo prazo.
Na semana do meio ambiente, a Marcella Zambardino, co-fundadora da Positiv.a e a Patrícia Lima fundadora da Simple Organic, trouxeram uma aula sobre como empresas podem se adaptar a essa economia de forma positiva. Confira aqui.
Como negócios de impacto geram externalidades positivas e são economicamente viáveis
Com todas as soluções sustentáveis que dispomos hoje na sociedade, muitas empresas ainda resistem em adotar o viés de impacto positivo para o seu negócio.
E normalmente isso ocorre pelo pré-conceito de que todos os projetos sustentáveis não são economicamente viáveis para muitas empresas.
Em uma visão coletiva, empresas, como já citamos, são atores essenciais nessa articulação de um novo mundo.
E por conta disso, qualquer ação adotada visando a sustentabilidade, mesmo que ações mais simples como redução do desperdício de água e energia no empreendimento, pode ser um ponta pé inicial para ações mais profundas.
Em nossa conversa com o Eduardo Mufarej, empresário e fundador do RenovaBR, ele trouxe ações que os empreendimentos podem apoiar e que cabem no orçamento.
Um passo à frente – o case Natura como inspiração para negócios de impacto
A Natura sempre foi referência de sustentabilidade no Brasil e no mundo. De forma geral, há o esforço interno de adequação dos colaboradores aos valores da empresa e o esforço externo de minimizar o máximo possível os impactos negativos no meio ambiente.
Essa essência da marca, trouxe para ação diversas iniciativas sustentáveis que vão desde a logística reversa de embalagens à preservação da Amazônia.
Keyvan Macedo, gerente de sustentabilidade da Natura, nos deu a honra de propagar as ações incríveis da marca e como podemos nos inspirar nelas para promover a sustentabilidade. Confira aqui.
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