Como superar as barreiras da reciclagem e fazer sua parte pelo meio ambiente

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Em um mundo cada vez mais consciente da necessidade de preservar o meio ambiente, a reciclagem é uma das principais maneiras pelas quais podemos fazer a nossa parte. No entanto, muitas pessoas enfrentam barreiras para reciclar de maneira adequada e eficaz.

Em um mundo cada vez mais consciente da necessidade de preservar o meio ambiente, a reciclagem é uma das principais maneiras pelas quais podemos fazer a nossa parte. No entanto, muitas pessoas enfrentam barreiras para reciclar de maneira adequada e eficaz.

Neste artigo, vamos explorar algumas dessas barreiras e fornecer dicas práticas para ajudar você a superá-las.

Porque estamos reciclando? E o que está nos impedindo a reciclar direitinho?

Em um artigo recentemente publicado na revista Harvard Business Review, o pesquisador canadense, Remi Trudel tentou responder à pergunta “porque conseguimos reciclar?”.  

O pesquisador queria entender quais são os gatilhos na tomada de decisão. Eles estariam relacionadas ao bem-estar que ele divide em três áreas: sustentabilidade, saúde e finanças pessoais.

Ele explica que mesmo um nerd da reciclagem, conscientizado sobre o descarte correto, poderia limpar, separar e deixar uma garrafa prontinha para ser coletada um dia, e jogar fora no dia seguinte.

Porque isso acontece? Trudel indica que existe uma série de vieses que influenciam nossas decisões sobre o que colocar na sacola verde e o que jogar fora.

Ou seja, todos esses anos de educação ambiental recebendo dados sobre o dano que a gente causa ao meio-ambiente, aos passarinhos e tartarugas marinhas desaparecem em um piscar de olhos. Medo, né?

3 vieses explicam porque alguém recicla ou não.

De acordo com o pesquisador, teriam 3 fatores: a distorção da embalagem, a relação com a nossa identidade e terceiro, planejar reciclar, que afeta o quanto que a gente recicla.

Em um mundo cada vez mais consciente da necessidade de preservar o meio ambiente, a reciclagem é uma das principais maneiras pelas quais podemos fazer a nossa parte. No entanto, muitas pessoas enfrentam barreiras para reciclar de maneira adequada e eficaz.

O primeiro tem a ver com a forma da embalagem.

Lembra daquela vez na padaria; comprou seu pãozinho francês favorito (com saquinho de papel), chegou em casa, comeu o pão ainda quentinho, amassou o saquinho e ….jogou fora? Errou! Ele era 100% reciclável e podia ser reciclado.

Para isso acontecer, precisava ir na sacola da coleta seletiva!

O Trudel explica que o fato de ter uma embalagem distorcida traz a idéia que a embalagem não tenha mais valor aos olhos do consumidor e consequentemente sem futuro.

Portanto ela vira lixo antes de chegar ao lixo! Ele chama este fator de viés da distorção. Faria muito sentido usar mais embalagens de descarte rápido, como por exemplo a latinha do seu refrigerante vermelho!

Quanto às empresas produtoras, elas poderiam aumentar as taxas de reciclagem através de inovação e investimentos em embalagens com aberturas mais fáceis para impedir a deformação. Isso poderia aumentar a probabilidade do que a reciclagem fosse reciclada ou até reusada.

O segundo fator é relacionado com a nossa identidade.

De acordo com o autor, a gente tende a reciclar objetos, embalagens, produtos que tem um vínculo com a nossa identidade, como o nosso nome por exemplo.

Pense no tempo que você gastou procurando a garrafa de plástico do seu refrigerante com seu nome exato, naquela prateleira do supermercado.

Você não vai querer jogar ela fora, é sua! Certo? Ou aquele copo de frappuccino com baunilha com seu nome, também não quer que vá no lixo comum, né? Este fator foi chamado o viés da identidade.

De acordo com a pesquisa, jogar fora a embalagem que tem uma parte da sua identidade, baixa a auto-estima. Pensando bem, jogar uma “parte de você” no lixo não é um sentimento muito positivo então, as pessoas tendem a evitá-lo.

Criando um vínculo de identidade com a embalagem ou reforçando-a, poderíamos incentivar os consumidores a reciclarem.

Várias empresas (de refrigerantes ou de bem de consumo em geral) que vincularam a identidade com o produto não estão conscientes do resultado positivo que deram sobre o meio-ambiente.

O terceiro e último fator é sobre o quanto a gente recicla.

O pesquisador nos explica que o quanto mais a gente sabe que vai reciclar os resíduos, mais recursos nós acabamos usando.

Como podemos explicar isso? Os resultados da pesquisa sugeriram que as emoções positivas associadas com a reciclagem pode dominar as emoções negativas, como a culpa, associada com o desperdício.

Como resultado, os consumidores se sentem confortáveis usando uma maior quantidade de um recurso quando a reciclagem é uma opção.

Conservar recursos de um lado pode levar a um desperdício do outro. Isso pode ser interpretado como desculpa para fazer algo errado por causa de seu bom comportamento anterior – um fenômeno conhecido na ciência social como “licença moral”.

Entenda a diferença entre reciclar e jogar fora?

Muitas das nossas decisões são, no final, previsivelmente irracionais mas trazendo à luz os nossos vieses, poderíamos alterar o comportamento individual. Mas isso não é o suficiente, no Brasil recicla hoje apenas 3% dos materiais portanto, 30% poderia ser reaproveitado (ABRELPE).

Temos que apoiar a criação de embalagens que incentivem a reciclagem e buscar maneiras de aumentar a eficácia das políticas e campanhas ambientais. É justamente nesse sentido que a eureciclo está trabalhando! Quer ajudar a mudar a reciclagem no Brasil? Compre os produtos das marcas engajadas com uma reciclagem responsável.

Procure pelo sorriso eureciclo e faça sua parte  🙂 
 

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