A logística reversa de embalagens surgiu para sanar uma grande problemática ambiental. No entanto, ela não precisa ser a dor de cabeça da sua empresa. Saiba tudo sobre o que é essa ferramenta e como ela pode ser implementada.
A comercialização de embalagens em larga escala sem a estruturação do mercado de reciclagem ou de uma economia circular madura geram a destinação de milhares de toneladas de embalagens para o meio ambiente.
Isso implica na sobrecarga de aterros e a destinação incorreta para lixões, além de parte dos resíduos acabarem no solo e mares.
Para que essa comercialização ocorra com o menor impacto ambiental possível, todos os atores envolvidos no ciclo de vida de um produto (de sua concepção ao descarte e reaproveitamento) precisam se movimentar no sentido de mitigar os impactos causados e de promover um sistema onde o que até então é resíduo se transforme em oportunidade.
O que é a Logística reversa de embalagens?
A Logística Reversa o principal instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Tem o propósito de reinserir no ciclo de vida do produto, o resíduo que é descartado, reduzindo a lotação de aterros e lixões.
Essa reinserção ocorre quando os resíduos são reciclados de forma mecânica ou energética.
A Logística reversa de embalagens pós-consumo, diz respeito exclusivamente a reinserção no ciclo produtivo, através da reciclagem, das embalagens de produtos que foram comercializados.
Existe a logística reversa para diversos outros tipos de resíduos, como lâmpadas, pneus, medicamentos, óleo e pilhas.
Neste artigo nos aprofundamos na Logística Reversa de Embalagens dada a sua relevância e crescente urgência no contexto nacional. Em São Paulo, por exemplo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), órgão estadual que regula a aplicação da logística reversa de embalagens, passou a vincular o cumprimento dessa ferramenta à obtenção da Licença de Operação. Saiba mais aqui.
O que ela ajuda a resolver?
Não à toa, a Logística reversa de embalagens se tornou um instrumento essencial para o desenvolvimento sustentável do Brasil, através de um impacto que é ambiental, econômico e social.
Econômico pois através da logística reversa é realizado o retorno das embalagens para a reciclagem o que torna possível a movimentação da economia. Segundo o relatório de Pesquisa publicado pelo IPEA em 2010, mais de 8 bilhões de reais deixaram de ser gerados por conta do baixo indíce de reciclagem (menos de 4% de todo o resíduo coletado é reciclado).
Além disso, a logística reversa aumenta os níveis de reciclagem e diminui o impacto ambiental causado. Isso ocorre por conta da retirada dos resíduos que seriam dispostos de forma incorreta no meio ambiente e gerariam ainda mais poluição.
Por fim, o direcionamento desses resíduos para a reciclagem evita a utilização de recursos virgens para a confecção de novos produtos. É nesse sentido que o impacto social é criado, através da criação e formalização de empregos para a demanda de coleta e triagem de recicláveis por parte de cooperativas e operadores privados.
A responsabilidade compartilhada
Para que os impactos (ambiental, social e econômico) sejam possíveis e realizados de forma positiva, é necessário que todos os atores do ciclo de vida de um produto se responsabilizem. Essencialmente as empresas visto que possuem a responsabilidade jurídica em apresentar uma solução de logística reversa para as embalagens de produtos comercializados.
A sua empresa sabe como cumprir com a logística reversa de embalagens?
A logística reversa de embalagens pode ser implementada de várias formas:
- através de um projeto próprio;
- através da contratação de uma empresa que realize esse processo;
- por meio da compensação ambiental; e/ou
- através de acordos estabelecidos em âmbito nacional ou estadual.
Na eureciclo, por exemplo, realizamos a certificação da logística reversa de embalagens através da compensação ambiental. Isso significa que as marcas que carregam o selo eureciclo destinam recursos para o desenvolvimento da cadeia de reciclagem, através da compensação ambiental de pelo menos 22% das suas embalagens, conforme meta definida na Política Nacional de Resíduos Sólidos. A compensação ambiental se dá na reciclagem de, no mínimo 22% do equivalente em embalagens da marca contratante.
O projeto próprio, depende da criação de uma estrutura de coleta e destinação por parte da própria empresa. Para tanto é necessário a disponibilização de Pontos de Entrega Voluntária e da conscientização dos clientes para o retorno dessas embalagens.
Acordo nacional ou Termos de Compromissos, como o Termo de Compromisso estabelecido no Estado de São Paulo, garantem soluções sistêmicas para a logística reversa.
Quer saber mais sobre a solução eureciclo para logística reversa de embalagens? Acesse: eureciclo.com.br